30 de junho de 2013

ADRIANA LISBOA SE FIRMA ENTRE OS FICCIONISTAS DE MAIOR RECONHECIMENTO NO PAÍS E NO MERCADO INTERNACIONAL - Carlos Herculano Lopes

'Escrevi versos há mais de 30 anos, mas nunca publiquei um livro de poesia. Pode ser que em breve tome coragem e fala isso'.


Carioca atualmente vivendo nos Estados Unidos, onde vem dando prosseguimento a uma carreira literária que já lhe rendeu prêmios importantes, como o José Saramago, pelo romance Sinfonia em branco, e o Moinho Santista, pelo conjunto de obra, Adriana Lisboa acaba de lançar um novo romance, Hanói, com o qual se firma como uma das autoras mais reconhecidas da literatura brasileira atual. Autora também de uma coletânea de contos e de quatro livros infantojuvenis, neste novo romance Adriana conta, numa linguagem envolvente e objetiva, a história de Alex e David, dois jovens de lugares e culturas diferentes: ela de origem vietnamita, “sem nunca ter ido a Hanói”, trabalhava como caixa num supermercado de produtos asiáticos; ele, filho de mãe mexicana com pai brasileiro, da região de Governador Valadares, se virava como trompetista, além de lutar contra uma doença grave. Nessas circunstâncias, quis o destino que se encontrassem em Chicago, uma das maiores cidades dos EUA.

Graduada em música, com pós-graduação em literatura, Adriana Lisboa, cujos livros já estão traduzidos em 12 países, para criar os personagens David e Alex, em torno dos quais gira o romance, de certa forma baseou-se em alguns fatos reais presenciados por ela quando trabalhava nos Estados Unidos como voluntária em serviço de orientação a imigrantes. “A minha missão era ajudar os recém-chegados na aclimatação ao novo país e à nova cultura”, conta a romancista, em entrevista ao Pensar.

Percebe-se em Hanói que você fez uma literatura urbana, sem fronteiras, focada apenas no ser humano. Você acha que essa é a tendência da literatura contemporânea?

Acho que pode ser uma tendência, mas não é um compromisso. Penso no belíssimo romance A restauração das horas, de Paul Harding, que ganhou o Prêmio Pulitzer em 2010, e que é o contrário disso, entre vários outros exemplos. No meu caso, com Hanói quis deliberadamente escrever um romance onde o local não importasse tanto e nas primeiras versões do livro a cidade de Chicago (onde a narrativa se desenrola) não era nem mesmo nomeada. Isso porque queria que o foco, em termos de localidade geográfica, se mantivesse na cidade de Hanói. Então, no caso do meu romance, essa opção está intimamente relacionada com a própria concepção do livro.

Como foi criar personagens tão reais e comoventes como Alex e David? Partiu de alguma realidade?

Uma foto me inspirou David: alguém que se desfizera de quase tudo o que tinha, esvaziara o apartamento, acho que para partir para um lugar distante (não me lembro exatamente quais as circunstâncias). Essa pessoa tirou uma foto da mochila num canto do apartamento vazio e escreveu: “Tudo o que tenho atualmente no mundo”. Alex veio por outro caminho: durante um ano trabalhei com refugiados, como voluntária, nos Estados Unidos. Meu trabalho era orientar os recém-chegados na aclimatação ao novo país e à nova cultura. Isso acabou se desdobrando numa pesquisa sobre os refugiados vietnamitas depois da guerra, de onde surgiu a personagem Alex. 

Até onde viver nos Estados Unidos tem influenciado na sua literatura? O que você tem feito além de escrever?

Além do trabalho com os refugiados, também trabalhei como tradutora até recentemente, e o convívio diário com os dois idiomas tornava essa tarefa quase que uma obviedade na minha vida. Acho que a leitura da prosa e da poesia contemporâneas americanas tem tido consequências inegáveis sobre aquilo que escrevo, sobre minha própria sintaxe. Percebo que meu texto está mais direto, mais simples, mais objetivo, características que venho tentando cultivar conscientemente. Atualmente me dedico fundamentalmente à escrita e sou uma estudiosa da filosofia budista. São essas as duas coisas de que tenho me ocupado.

A sua formação musical influencia na sua maneira de escrever? Literatura e música se casam?

Influencia muito. Acho que literatura e música se casam sempre quando escrevo, e em Hanói decidi – pela primeira vez – criar um personagem que é músico. Além disso, num nível mais estrutural, o ritmo e a sonoridade do texto são muito importantes para mim, e acho que isso também se costura através da leitura e da escrita de poesia. Hoje em dia, posso mesmo dizer que tenho lido mais poesia do que ficção.

Você já conseguiu romper as fronteiras brasileiras e está publicada em vários países. Como você vê a aceitação da literatura brasileira no exterior? As portas estão se abrindo?

Não sou muito otimista. Ainda somos periferia, culturalmente ao menos, e os editores e leitores fora do Brasil ainda querem encontrar, nos livros de autores brasileiros, algo do Brasil. É como se não estivéssemos autorizados a falar sobre outro assunto que não a nossa brasilidade, e o leitor quer terminar a leitura tendo aprendido alguma coisa sobre o país. Isso é cruel e limita muito. As bolsas de tradução da Biblioteca Nacional, se têm alavancado publicações, não garantem a qualidade das traduções/edições, nem que esses livros venham a chegar satisfatoriamente ao leitor. Mas claro que é um primeiro e importantíssimo passo. Um outro problema que me preocupa um pouco é o excesso de importância dado à figura do autor, que acaba mais relevante do que sua obra. Perigamos sair da arena da literatura e ingressar na arena do circo.

Algum projeto em andamento? Ou “entre um amor e outro”, como dizia Drummond, é preciso mesmo um intervalo?

Não tenho nenhum projeto ficcional em andamento. Mas estou trabalhando, pela primeira vez com a seriedade de quem pensa em publicar um livro, com os meus poemas mais recentes. Escrevo versos há mais de 30 anos, mas nunca publiquei um livro de poesia. Pode ser que em breve tome coragem e faça isso. Tem sido fundamental o incentivo de duas grandes amigas e poetas que admiro muito, Mariana Ianelli e Claudia Roquette-Pinto.

Trecho do romance

“David tinha lido numa revista, muitos anos antes, que os elefantes abandonam sua manada ao sentir que a morte está próxima e vão sozinhos procurar um lugar onde não seja difícil encontrar água e abrigo. Os dentes se fragilizam, perdem a eficiência de outras épocas da vida, e os animais vão buscar áreas pantanosas, por exemplo, onde encontram o alimento já amolecido. Parecia ter sido essa a origem do mito do cemitério de elefantes. Só uma coincidência geográfica causada pelas dificuldades da última fase da vida. E era ali que os animais viam seu último dia e davam seu último suspiro, naquele colosso de corpo que antes parecia quase indestrutível. Elefantes não deveriam morrer, não é verdade? Elefantes deveriam viver para sempre. Mas morriam, e sobravam como carcaça, depois ossos, depois o que quer que ficasse dos ossos. Vestígios. Pequenas marcas no chão. Terminada a consulta, ele apertou com sua mão fria a mão morna e segura do médico. Acompanhou a enfermeira e foi dar conta de todas as formalidades que continuavam existindo, a mesma teia de ordem, o mesmo seguir adiante. Havia papéis a assinar, breves agradecimentos a fazer com sorrisos que não eram sorrisos, eram só contrações dos músculos do rosto.”

Extraído do sítio UAI

FLIP: PÁGINA ABERTA PARA O VIRTUAL - Mariana Paiva

Escritor Graciliano Ramos será o homenageado da Flip

Em linha reta, são 1.316 quilômetros que separam as cidades de Paraty, no Rio de Janeiro, e Salvador. Seguindo pela estrada, a distância aumenta: 1.787 quilômetros. Para quem tem internet, entretanto, é coisa pouca: a Feira Literária de Paraty (Flip) começa nesta quarta, 3, e, para alegria geral da nação, terá transmissão online das mesas literárias.

Isto significa que os amantes da literatura que estejam impossibilitados de marcar presença na Flip poderão acompanhar os debates e saber o que pensam seus autores favoritos, além de conhecer novos, é claro. A programação será transmitida pelo site do evento.

Curador desta edição da Flip, que termina no domingo, o jornalista Miguel Conde conta que a transmissão via internet é uma forma de democratizar o festival. "É uma maneira de atender às pessoas que, por um motivo ou outro, não puderam viajar a Paraty para o evento, mas que querem aproveitar, em tempo real, a oportunidade única de verem bons autores reunidos discutindo literatura", afirma.

No line-up da Flip deste ano, diversas gerações de autores aparecem representadas: veteranos como Milton Hatoum, autor de Relato de Um Certo Oriente, dividem espaço com as novas gerações, representadas por gente como Alice Sant´Anna, que lançou este ano Rabo de Baleia, seu terceiro livro.

Nomes como Daniel Galera, Nicolas Behr e a americana Lydia Davis também aparecem na programação. Neste ano, a Flip privilegia também a mistura da literatura com outras linguagens artísticas, como cinema e música, a partir de presenças como Nelson Pereira dos Santos e Maria Bethânia. 

Programação

A abertura oficial da Flip acontece nesta quarta, às 19 horas, com conferência do escritor Milton Hatoum sobre Graciliano Ramos, homenageado desta edição do evento. Em seguida, às 21h30, acontece show do cantor Gilberto Gil, às 21h30, num show intimista de voz e violão. No repertório da apresentação, estão alguns dos maiores sucessos da carreira de Gil, que já tocou na noite de estreia do Festival Literário, em 2003.

Graciliano Ramos ganha ainda uma mesa temática, que acontece na sexta-feira, às 10 horas, e reúne Dênis de Moraes, biógrafo de Graciliano, Sérgio Miceli, sociólogo, e Randal Johnson, brasilianista.

Na sexta, os destaques ficam por conta de duas mesas: uma sobre Fernando Pessoa e a outra sobre Nelson Pereira dos Santos. Na primeira, que acontece às 19h30, a cantora Maria Bethânia se encontra com a imortal da Academia Brasileira de Letras Cleonice Berardinelli para ler fragmentos da obra de Fernando Pessoa.

Em seguida, às 21h30, o cineasta Nelson Pereira dos Santos conversa com Miúcha sobre sua trajetória, e destaca as adaptações que fez para o cinema de livros de Graciliano Ramos, como Vidas Secas e Memórias do Cárcere.

No sábado, a programação apresenta uma mesa com o cineasta Eduardo Coutinho, com mediação de Eduardo Escorel, montador do clássico do documentário nacional Cabra Marcado Pra Morrer (1984). 

Manifestações

A onda de protestos que tem tomado as ruas de todo o País também se tornou pauta para a edição deste ano da Flip. Diante dos acontecimentos, a organização adicionou três mesas ao evento, e que também serão transmitidas online.

A primeira delas acontece na noite de quinta, às 21h30, e discute ativismo social e imprensa, com participação de Juan Arias, correspondente do El País no Brasil, o poeta Fabiano Calixto, o coordenador da rede Fora do Eixo Pablo Capilé e o escritor Marcus Vinícius Faustini.

O segundo debate acontece no sábado, às 19h30, com T.J. Clark, Tales Ab'Saber e Vladimir Safatle. No mesmo dia, às 21h30, será realizada a terceira mesa de discussões sobre as manifestações, esta com presença de Marcos Nobre e André Lara Resende.

Extraído do sítio A Tarde

EXPOSIÇÃO FAZ HOMENAGEM A LUIS FERNANDO VERISSIMO

Mostra é composta por 19 painéis focados nos personagens do cronista.

Luis Fernando Verissimo: uma homenagem por cima dos panos é a exposição que o Centro Cultural CEEE Erico Verissimo (CCCEV) e a Maria Rita Caminhos Culturais inauguram, na próxima sexta-feira, 5, às 19 horas, inspirada na obra do escritor gaúcho Luis Fernando Verissimo. A mostra é composta por 19 painéis focados nos personagens do cronista, com técnicas de tapeçaria de recorte, bordado, aplicação e papel artesanal. 

A visitação, com entrada gratuita, ficará aberta ao público até o dia 28 de agosto, na sala O Arquipélago do CCCEV, no 1º andar do prédio, que fica na rua dos Andradas, 1.223, Centro Histórico de Porto Alegre. 

A ação inclui, ainda, uma exposição de fotografias de autoria de Dulce Helfer, com o título Luis Fernando Muito verdadeiro, que será exibida no mesmo período, no mezanino do 1º andar (cafeteria). O CCCEV funciona de terça a sexta-feira, das 10 às 19 horas, e aos sábados, das 11 às 18 horas. 

Maria Rita Webster, administradora cultural, diretora do Maria Rita Caminhos Culturais e do site Memória Têxtil, diz que "homenagear Luis Fernando Verissimo é fácil: méritos não faltam, sobram oportunidades. Difícil é encontrar abordagem à altura do homenageado". Segundo ela, a exposição foi concebida como uma afetiva releitura visual da obra do mais querido cronista e humorista do Brasil, e apresenta a criação de 20 artistas têxteis em atividade em Porto Alegre e interior do RS e SP. 

Programação especial

O projeto, com patrocínio do Grupo CEEE, integra uma programação especial de dois meses no CCCEV, que reúne atividades e eventos culturais em homenagem ao escritor. Neste ano, ainda, haverá outras duas exposições, uma edição do projeto Literatura Grande do Sul, um Encontros com o Professor e uma palestra sobre a vida e obra de Luis Fernando Verissimo. 

A maioria dos painéis mede 1,20m x 1,80m e a exposição está formatada em núcleos, numa delas com seis dos principais personagens: Analista de Bagé, Velhinha de Taubaté, Ed Mort, Dora Avante, Família Brasil e as As Cobras. Há, ainda, quatro núcleos paralelos, contemplados com pelos assuntos: crônica, Sexa; romance, Gula - O Clube dos Anjos; Poemas, Poesia Numa Hora Dessas?!; e Cartum, Cabeça de Leitor. 

Além de livros e personagens, há um perfil e um retrato: Perfil: As Paixões de LFV; e Retrato: Algumas Linhas Sobre o Autor. Para acrescentar um efeito "sonoro" no ambiente, uma das artistas concebeu a instalação em papel machê: Ah!Ah!Ah!. A homenagem conta também com uma criação especial, que é a Linha do Tempo, pontuada com dados significativos da trajetória do autor. "O trabalho tem nove metros e impressiona pela extensa produção de Verissimo", finaliza Maria Rita. Por fim, há as Vitrines: Memorabilia Pessoal, com objetos pessoais do autor.

Extraído do sítio GAZ

PARIS SAINT-GERMAIN PODE TER VINHO PRÓPRIO


O time francês de futebol Paris Saint-Germain revelou que pensar em lançar um vinho próprio para ser vendido junto com outros objetos na loja do time. A Liga, que assinou recentemente com David Beckham do Los Angeles Galaxy, está, aparentemente, negociando com um produtor do Côtes de Bourg para produzir um vinho personalizado para o clube. 

O chute é que seja feito por Francis Lamblin, dono de uma vinha de quatro hectares na região, que vem criando rótulos e caixas personalizadas durante os últimos oito anos. Lamblin chamou a atenção do time por um serviço feito à um jogador de futebol, o camarones Roger Milla. Ele fez vinhos personalizados para a comemoração do aniversário de 60 anos do jogador de futebol. 

E em janeiro ele conheceu o diretor comercial do clube, Antoine Thery, para quem deixou claro a intenção de criar o rótulo para o time. "Eles também terão que decidir sobre o conteúdo dos bilhetes", disse Lamblin, que espera a confirmação de seu pedido em Março. "Mas com todos os fãs ao redor do mundo e com Beckham tendo ingressado, poderia ser incrível!" 

Extraído do sítio Bonde

"HÁ QUEM PENSE QUE DEPRESSÃO É PREGUIÇA" - Vânia Maia

Paul Greengard, Nobel da Medicina em 2000, o especialista continua a batalhar contra o desconhecimento reinante das doenças psiquiátricas. 

Paul Greengard, professor e neurocientista laureado com o prémio Nobel da Medicina em 2000
Aos 87 anos, Paul Greengard continua a ir trabalhar, de segunda a domingo, na Universidade Rockefeller, em Nova Iorque, cidade onde vive há três décadas. Uma exceção foi o passado dia 25, em que esteve na Culturgest, em Lisboa, para participar na conferência A Nobel Day, que reuniu especialistas laureados pela academia de Estocolmo. Greengard, que não desiste de procurar novos caminhos no tratamento da depressão e da doença de Alzheimer, além do mais, não é forreta: usou o dinheiro do Nobel para criar um prémio só destinado a mulheres cientistas.

Continua a achar que existe descriminação contra as mulheres no meio académico?

Há 30 anos, toda a gente acreditava que as mulheres eram intelectualmente inferiores. Os homens pensavam assim e a esmagadora maioria das mulheres também. Agora, a situação é muito melhor. Estou surpreendido e satisfeito com a forma como a discriminação tem vindo a desaparecer.

A forma como homens e mulheres abordam os desafios científicos é diferente?

Existe a crença de que homens e mulheres pensam de maneira diferente, mas eu não acredito que seja verdade. Ainda não tive provas disso no meu laboratório. Não me parece que homens e mulheres tenham um estilo cognitivo distinto.

E a depressão, afeta de maneira diferente homens e mulheres?

Há depressões induzidas pelas hormonas, como a depressão pós-parto que, obviamente, não afetam os homens. As causas que estimulam a depressão podem ser diferentes entre homens e mulheres, mas a natureza da depressão em si não creio que seja diferente. As consequências acabam por ser as mesmas para ambos.

Porque continua a depressão a suscitar preconceitos?

Ainda há quem pense que a pessoa depressiva é uma preguiçosa, que só quer umas férias. A grande mudança acontecerá quando soubermos mais sobre a base molecular da doença. À medida que a investigação for avançando, a depressão será cada vez mais aceite como uma genuína patologia médica.

Há quem defenda que os antidepressivos têm um efeito de placebo.

Ó meu Deus! (risos) É triste como as pessoas desconhecem as doenças psiquiátricas.

Mas porque é que tantas pessoas desconfiam da eficácia dos medicamentos?

Alguns remédios só são eficazes numa franja da população, outros têm muitos efeitos secundários, e ainda há quem acuse a indústria farmacêutica de inventar estas patologias, para vender medicamentos... 

E podemos confiar na indústria?

Se me basear na minha experiência, sim [Greengard trabalhou oito anos numa farmacêutica]. As pessoas são injustas quando criticam os "lucros astronómicos" das farmacêuticas. Não sou especialista na matéria, mas a média do lucro ronda 15% do que foi gasto em pesquisa... Não é uma grande quantia.

É impossível curar uma depressão sem medicamentos?

Sim, se estivermos a falar de uma depressão profunda. Se for um caso mais "suave", nadar ou qualquer outro tipo de exercício físico é ótimo para combater a depressão. O resultado não é meramente psicológico, é fisiológico. O exercício estimula a produção de endorfinas, que têm um efeito antidepressivo.

Qual é o papel da proteína p11 na depressão?

Já sabemos que, se usarmos a biologia molecular para aumentarmos a quantidade de p11 nos ratinhos de laboratório, eles agem como se tivessem sido medicados com antidepressivos. E, se diminuirmos a quantidade dessa proteína, ficam muito deprimidos. É o nosso estado mental que determina o nível de p11 que temos. Estamos a tentar perceber de que forma os antidepressivos causam o aumento desta proteína e, também, os efeitos que provoca.

A crise do capitalismo está deprimir-nos a todos?

Não é surpreendente que a depressão aumente numa altura de crise. Quando as pessoas não conseguem sustentar os seus filhos é natural que fiquem deprimidas. Tudo o que provoque disrupção na sociedade é passível de causar depressão. O stress é uma das principais causas de depressão.

Porque é que algumas pessoas respondem mais intensamente ao stress do que outras?

Ninguém sabe a resposta a essa pergunta. É do domínio do desconhecido. É triste, mas é verdade. Há tantas coisas que ainda não sabemos sobre o nosso cérebro...

Também se dedica à investigação da doença de Alzheimer. Ainda estamos longe de encontrar terapias mais eficazes para a doença?

Sou otimista. Acho que dentro de 10 anos teremos medicamentos mais eficazes. Atualmente, não existem fármacos que tenham um efeito substancial na evolução da doença. Um dos principais problemas que enfrentamos hoje é que, quando se aperceber que a sua avó tem Alzheimer, uma grande parte do seu córtex já estará destruído. O cérebro tem muitas reservas e é preciso que morram muitas células neuronais até que os sintomas se manifestem.

Como podemos manter o cérebro saudável?

Há provas consistentes de que a atividade intelectual ajuda a reduzir a probabilidade de se desenvolver Alzheimer. E também há quem acredite que a inteligência é uma inimiga da doença, mas não sei se isso será verdade. Já conheci pessoas brilhantes que foram diagnosticadas...

Quão importante é o inesperado ao longo de uma investigação científica?

É muito importante, mas não tão importante como as pessoas pensam. A ciência recompensa as mentes abertas e preparadas para o inesperado. O mau cientista vai achar que fez alguma coisa mal, o bom cientista vai repetir a experiência para ver se o comportamento inesperado se repete. Eu diria que é mais uma questão de intuição. Aquilo a que chamamos de intuição não é mais do que o nosso cérebro a processar informação num estado pré-consciente. Parece que não estamos a pensar no assunto mas, de repente, tudo faz sentido.

Continua a ir à Universidade Rockefeller todos os dias? 

Sete dias por semana. Esta área é tão entusiasmante e criativa que não me imagino numa cadeira de baloiço nas Caraíbas. 

Extraído do sítio Visão.pt

29 de junho de 2013

MONUMENTOS COREANOS: PATRIMÔNIO HISTÓRICO


Nesta semana, monumentos da antiga cidade de Kaesong, na Coreia do Norte, foram inscritos pela ONU na lista dos patrimônios históricos mundiais, por decisão da Unesco. Os monumentos foram classificados como "testemunhas da história e da cultura da dinastia Koryo do século X ao XIV". 

Kaesong é um dos poucos locais históricos da Coreia em que a principal atração para turistas não são monumentos ligados ao regime comunista. A imagem, registrada em abril de 2011, mostra uma vista geral de habitação tradicional no centro histórico da cidade.

Extraído do sítio O Povo

QUINTILIANO VIEIRA SERÁ O PATRONO DA FEIRA DO LIVRO DE DOM PEDRITO

Quintiliano será o patrono da Feira do Livro de Dom Pedrito (foto divulgação)

Dom Pedrito - A Assessoria de Cultura promoveu uma reunião com a pré-comissão da 9ª Feira do Livro de Dom Pedrito no salão nobre da Prefeitura, oportunidade em que estiveram presentes autoridades, convidados e o prefeito Lídio Bastos, juntamente com a primeira dama Elaine Bastos. Foram discutidas questões relacionadas à realização do evento que será promovido de 1° a 6 de outubro de 2013. E o patrono escolhido foi Quintiliano Machado Vieira, personalidade que faz parte da história da "Capital da Paz".

Na ocasião, aconteceu a votação para escolher o patrono da Feira do Livro de 2013, sendo que três nomes foram indicados. Quintiliano é médico, foi vereador, prefeito, deputado estadual e secretário da Agricultura do Rio Grande do Sul.

O assessor de Cultura, Sidney Castilhos, relatou sobre o trabalho que vem sendo desenvolvido, e salientou a importância do novo local onde será realizada a feira, sendo um espaço maior, de aconchego aos visitantes, estudantes e comunidade em geral. Ele informou ainda, que o trabalho a partir de agora terá a coordenação geral da comissão executiva a ser nomeada pelo prefeito quinta-feira, dia 27, às 11h, no salão nobre da Prefeitura.

Extraído do sítio Caderno7

DOSSIÊ JANGO, UM ALERTA DEMOCRÁTICO DE VALOR PERMANENTE - José Carlos Ruy


O outro lado da história do golpe cívico-militar de 1964 vai aos cinemas brasileiros no dia 5 de julho de 2013: o filme Dossiê Jango, dirigido por Paulo Henrique Fontenelle. Vem bem a calhar nestes dias onde o fantasma de mais um golpe da direita ronda o cenário político brasileiro. 

O filme foi premiado, na última sexta-feira (21) no 17° Florianópolis Audiovisual Mercosul (FAM 2013), na categoria DOC-FAM, vencendo os juris Popular e Oficial, como melhor filme. Antes, já havia sido premiado no Festival do Rio 2012 (melhor documentário Júri Popular) e na Mostra Tiradentes 2013 (melhor longa metragem Júri Popular).

O golpe de 1964 encerrou a limitada democracia da Constituição de 1946 e deu início à longa e brutal ditadura militar que infelicitou o Brasil durante as duas décadas seguintes, encerrada apenas em 1985. O fim da ditadura, entretanto, foi marcado pelo pacto que devolveu a presidência da República aos civis mas manteve intactos grandes interesses políticos e econômicos de gente que esteve no centro da conspiração para depor João Goulart, rasgar a constituição, e se mantiveram à frente do Estado brasileiro nas décadas seguintes, forças que somente foram seriamente contestadas depois da eleição de Luís Inácio Lula da Silva que, em 2002, abriu uma nota etapa na história brasileira, prenhe de possibilidades de uma real e profunda democratização do país.

Com Dossiê Jango, o diretor Paulo Henrique Fontenelle não quer apresentar a história parada no tempo, mas abrir um importante debate sobre a democracia brasileira e a ação da repressão militar, colocando o foco sobre as fortes suspeitas de que o ex-presidente teria sido assassinado em 6 de dezembro de 1976 a mando das forças fascistas que temiam sua volta ao cenário político brasileiro. 

Depois de seu afastamento da presidência da República, João Goulart (1919-1976) viveu no exílio, sobretudo no Uruguai. Oficialmente, ele morreu de ataque cardíaco quando - passados dez anos do golpe e da cassação de seus direitos políticos - ele se preparava para voltar ao Brasil. Morto, foi enterrado sem que fosse feita uma autópsia, e o cortejo fúnebre foi vigiado pelo famigerado Serviço Nacional de Inteligência (SNI). Mais: a ditadura puniu os oficiais que autorizaram seu sepultamento em território brasileiro, e o médico que assinou a certidão de óbito era um pediatra. 

A pesquisa para a realização do documentário foi intensa. Ela envolve desde documentos do serviço de inteligência do Uruguai, do Dops (Departamento de Ordem Política e Social), e traz inúmeras gravações e depoimentos de líderes políticos e outras pessoas da convivência de Goulart. Com base neles, Paulo Henrique Fontenelle reforça as suspeitas sobre a morte do ex-presidente, da mesma maneira como outros importantes ex-exilados, também mortos misteriosamente naquele mesmo ano de 1976; o principal deles é o também ex-presidente Juscelino Kubitscheck, vítima de um suspeitíssimo acidente ocorrido na rodovia Dutra.

Uma série de pessoas envolvidas com Jango tiveram mortes suspeitas, como o médico legista autor de seu laudo, ou o empresário uruguaio e seu amigo, Enrique Foch Diaz, que escreveu o livro João Goulart: El Crimen Perfecto, onde dizia que Jango teria sido assassinado. Foch deixou uma gravação, em fita cassete, onde listou outras mortes relacionadas à Goulart. Foch morreu, em circunstâncias suspeitas, poucas semanas depois de fazer a gravação.

Mas a suspeita maior do assassinato de Goulart está baseada no depoimento do ex-agente do serviço secreto da ditadura uruguaia, Mario Neira Barreiro, preso no Rio Grande do Sul desde 2003. Segundo ele, Goulart foi assassinado por um conluio entre as polícias brasileira e uruguaia. Segundo sua versão, que apareceu em 2008, em entrevistas para a TV Senado e para a Folha de S. Paulo, a ordem para o assassinato de Goulart veio do torturador Sérgio Fleury, do DOPS de São Paulo, que agia autorização do então general-presidente Ernesto Geisel. Em entrevista ao diretor de Dossiê Jango, o ex-policial Barreiro contou como os agentes da repressão trocaram a medicação que o ex-presidente tomava regularmente, para o coração, por uma substância química letal, capaz de provocar um infarto fulminante. 

As revelações do filme são tão grandes que a Comissão da Verdade do Rio antecipou-se a seu lançamento, apresentando uma sessão exclusiva no dia 28 de junho. 

Às vésperas dos 50º aniversário do golpe cívico-militar que iniciou a ditadura de 1964, Dossiê Jango vai provocar um previsível debate. Vai além disso. É uma didática demonstração da maneira como a direita brasileira, que nada fica a dever em termos de brutalidade às suas congêneres europeias, enfrenta políticos democratas, progressistas e nacionalistas que ameaçam seus privilégios. 

A ação nefasta dessa direita antipopular, antinacional e antidemocrática está mais uma vez em pauta e a história do golpe de Estado de 1964 precisa ser examinada para lembrar, às gerações mais jovens, a maneira como os fascistas agem no Brasil, disfarçando seu golpismo e seu antidemocratismo com juras de amor à pátria, ao povo e à democracia. Neste sentido, Dossiê Jango é um antidoto democrático de valor permanente. “Investigamos a história a fundo. Queremos reabrir essa discussão”, diz o diretor Paulo Henrique Fontenelle.


Extraído do sítio Portal Vermelho

SEIS ESCRITORES DÃO CONTINUIDADE A "OS MAIAS" DE EÇA DE QUEIROZ

O romance “Os Maias”, de Eça de Queiroz, vai ser continuado por seis escritores portugueses, numa narrativa que irá de 1888 a 1973.


“Os novos Maias” inicia-se precisamente no ano seguinte ao que Eça de Queiroz terminou o seu romance com uma cena em que Carlos da Maia e o amigo João da Ega afirmam que “não vale a pena correr para nada” e acabam por correr para apanhar um elétrico que os leve a um jantar para o qual estão atrasados.

A iniciativa de dar continuidade à obra-prima de Eça de Queiroz, é do semanário Expresso que comemora 40 anos, contando com o apoio da Fundação Eça de Queiroz, e os escritores convidados são José Luís Peixoto, José Eduardo Agualusa, Mário Zambujal, José Rentes de Carvalho, Gonçalo M. Tavares e Clara Ferreira Alves.

A partir de 03 de agosto com a edição do semanário é publicado um fascículo de “Os novos Maias”.

“’Os Maias’ terminam com o regresso de Carlos da Maia a Portugal e o assumir de que foi um ‘falhado da vida’, agora é a hora de perceber o que aconteceu depois”, disse à Lusa fonte do semanário.

“A cada autor foi destinado um período de tempo histórico e cada capítulo tem como pivô a personagem Carlos da Maia. Cada um será responsável por o encadear da história até ao ano de 1973, em vésperas do 25 de abril, e no ano em que foi fundado o semanário”, disse a mesma fonte.

O romance de Eça de Queiroz foi publicado em 1888 no Porto, e a par da saga de uma família narra o amor incestuoso entre Carlos da Maia e Maria Eduarda. O romance de Eça decorre na segunda metade do século XIX, e tem por fundo a história de três gerações da família Maia, que tinha o palacete “O Ramalhete”, às Janelas Verdes, em Lisboa, e ainda várias quintas, entre elas, uma em Benfica e outra na Tojeira, que venderam, e a de Santa Olávia, na região de Resende, próxima do rio Douro.

Extraído do sítio Notícias Ao Minuto

LITERATURA BRASILEIRA ESTARÁ NA FEIRA DO LIVRO DE FRANKFURT E BERLIM

Para a feira de Frankfurt, serão investidos US$ 9 milhões.


O presidente da Fundação da Biblioteca Nacional, Renato Lessa, confirmou na última terça-feira (25) que o Brasil participará da Feira do Livro de Frankfurt, maior vitrine do mundo no setor. O evento vai acontecer entre os dias 9 e 13 de outubro e contará com cerca de 70 escritores e 100 editoras nacionais. Para Lessa, o investimento, que está orçado em US$ 9 milhões, tem como objetivo levar a literatura brasileira para o contexto internacional. 

O Brasil é um dos mais importantes mercados de leitores em potencial no mundo, tanto é que o governo brasileiro destinou fundos de vários milhões de dólares para tradução de 270 títulos nos próximos anos, contou Lessa, que também é o responsável pela organização do pavilhão brasileiro. 

A literatura brasileira foi um dos destaques na última edição da Feira do Livro de Leipzig, no leste da Alemanha, considerada a “irmã caçula” de Frankfurt. Além disso, antes do evento de outubro, o Brasil será protagonista do Festival de Literatura de Berlim, que receberá vários autores brasileiros. 

Extraído do sítio Celulose Online

UMA SABOROSA VIAGEM PELA VIDA E PELAS CRÔNICAS DE RUBEM BRAGA - Xandra Stefanel

Exposição no Museu a Língua Portuguesa é uma ode à riqueza das palavras.


Quando se leem as crônicas de Rubem Braga, tem-se a impressão de que ele não tinha a pretensão de escrever. Ele é tão próximo do leitor, que parece que seus textos são um diálogo à toa (e prazeroso) com um amigo ou um vizinho. São cheios de sentimento, apesar de passar longe do sentimentalismo. São histórias que não querem conquistar nem convencer de nada. Leves como a vida sempre deveria ser.

Essa impressão (também) se pode ter ao visitar Rubem Braga – O Fazendeiro do Ar, no Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo. Em cartaz desde a última terça-feira (25), a mostra interativa celebra o centenário de um dos maiores cronistas que o país já teve e propõe uma imersão em sua vida e obra.

O curador Joaquim Ferreira dos Santos teve acesso integral aos arquivos cedidos pela família do cronista e nos apresenta textos, documentos, correspondências, fotografias, desenhos, pinturas, publicações e vídeos com depoimentos de alguns dos amigos mais próximos Rubem Braga, como Zuenir Ventura, Fernanda Montenegro, Ziraldo e Ana Maria Machado.

Dividida em módulos temáticos – Retratos, Redação, Guerra, Passarinho, Cobertura e Cachoeiro –, a exposição mostra desde a infância do autor, em Cachoeiro do Itapemerim (ES), passando por sua vida nas redações de jornais, como repórter político e correspondente de guerra, sua conhecida paixão por pássaros e a cobertura de seu apartamento em Ipanema, onde "recriou" seu mundo rural.

Ao abrir as caixas suspensas da área Capital Secreta do Mundo, o espectador revira textos, fotos e documentos. Na sala Redação, páginas de jornal cobrem as paredes e, nas mesas típicas das redações da época, tablets acoplados às máquinas de escrever lembram folhas de papel. Ao tirar do gancho um dos dez telefones antigos, o visitante escuta músicas, jingles e notícias da Segunda Guerra Mundial, da qual Rubem Braga foi correspondente.

Para os que conhecem a obra do "inventor da moderna crônica brasileira", como é conhecido, a exposição é uma revisita ao seu estilo simples e envolvente de escrever. Aos que ainda não conhecem a beleza de seus textos, a mostra é mais que um convite: é uma ode ao prazer de ler algo que é universal porque toca a todos com igual singeleza, lirismo e humor.

“Ele vai atravessar todas as gerações. Suas crônicas falam dos detalhes, das cenas cotidianas, dos consensos da humanidade, e são embrulhadas uma a uma com um texto que veste a roupa da língua comum”, afirma o curador, que também é jornalista, escritor e cronista.

Serviço
• O que: Exposição Rubem Braga - O Fazendeiro do Ar
• Quando: de 25 de junho a 1º de setembro. Terças, das 10h às 22h; quarta a domingo, das 10h às 17h
• Onde: Museu da Língua Portuguesa - Praça da Luz, s/n - São Paulo
• Quanto: R$ 3 (meia-entrada) e R$ 6
Informações no site ou pelo tel. (11) 3322-0080.

Extraído do sítio Rede Brasil Atual

28 de junho de 2013

CENA CARIOCA - CÍCERO DIAS, AVALIADA EM MAIS DE R$ 300 MIL - Quintino Gomes


Uma das mais tradicionais casas de leilões do Rio de Janeiro, a Ernani Leiloeiro, fundada há 107 anos, leiloará no fim de julho um dos mais belos quadros de arte moderna inspirado na Cidade Maravilhosa, o Cena Carioca, de Cícero Dias. O artista é, hoje, 10 anos depois de sua morte, um dos pintores modernos mais valorizados do Brasil.

Conhecido por seus quadros coloridos, divertidos e cheios de cenas que muitas vezes remetem às suas origens nordestinas, nos anos 70 decidiu pintar esta obra prima, em que retrata nossa cidade do Rio de Janeiro. O quadro é uma rara oportunidade de ver nossa cidade maravilhosa sob a ótica do velho pintor pernambucano, que passou todo o final de sua vida em Paris.

Pintado a óleo sobre tela, e medindo 75x63cm, mostra uma límpida Baía da Guanabara, retratando o Pão de Açúcar, um barco de pesca, uma encosta verde e uma colorida favela, está avaliado por especialistas em torno de R$ 300 mil.

Segundo pessoas do circuito de arte, deve ser uma grande disputa, inclusive com colecionadores institucionais. Quem vai levar o Rio de Janeiro para parede de sua casa? Bem que podia ser o Museu de Arte do Rio! Afinal, nada mais apropriado!!!

Depois do leilão, vamos contar pra vocês o que deu, quem levou e por quanto.

O leilão de Ernani, também conhecido como Martelinho de Ouro, vai apregoar, entre outros, obras a óleo sobre tela de mestres como Manabu Mabe, Di Cavalcanti, Milton Dacosta e Jorge Guinle.

Extraído do sítio Diário do Rio de Janeiro

FHC É ELEITO PARA A ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS - Paulo Virgilio


Rio de Janeiro – Com 34 dos 39 votos possíveis, o sociólogo, professor e ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso (FHC) foi eleito na tarde de ontem (27) para ocupar a cadeira 36 da Academia Brasileira de Letras (ABL). Vai assumir a vaga aberta com a morte do jornalista João de Scantimburgo, em 22 de março deste ano. Votaram 24 acadêmicos presentes à sede da academia, no centro do Rio, e 14 por carta. Houve uma abstenção.

Presidente da República em dois mandatos sucessivos, de 1995 a 2002, Fernando Henrique Cardoso, nascido no Rio de Janeiro em 18 de junho de 1931, é doutor em sociologia e professor emérito da Universidade de São Paulo (USP). Foi também professor em várias universidades e instituições estrangeiras, entre elas Stanford, Berkeley e Brown, nos Estados Unidos; Cambridge, no Reino Unido; Paris-Nanterre e Collège de France, na França, e Ipes/Cepal, em Santiago do Chile.

Intelectual com atuação política, Fernando Henrique teve seus direitos políticos cassados em 1964 pelo regime militar e exilou-se na Europa e no Chile. De volta ao Brasil, participou da luta pela redemocratização do país, ingressou no então MDB e foi eleito senador por São Paulo. Nos anos 80, foi um dos fundadores do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), do qual é presidente de honra. Antes de ser eleito presidente, foi ministro das Relações Exteriores e da Fazenda no governo Itamar Franco (1992-1994).

De acordo com o acadêmico Marcos Villaça, ex-presidente da ABL, “a eleição de Fernando Henrique Cardoso é um ato de respeito à inteligência brasileira. A sua obra de sociólogo e cientista dá ainda mais corpo à academia”.

Com a eleição de FHC, a Academia Brasileira de Letras passa a contar com dois ex-presidentes da República entre seus 40 membros. O outro é José Sarney, ocupante da cadeira 38, desde 1980.

O novo membro da ABL é autor ou coautor de 34 livros, 23 deles de sociologia, e mais de cem artigos acadêmicos. Uma de suas obras, Dependência e Desenvolvimento, escrita em coautoria com Enzo Falletto e publicada originalmente em espanhol, em 1969, é considerada marco nos estudos sobre a teoria do desenvolvimento. O livro teve dezenas de edições, em 16 idiomas.

Os livros mais recentes de Fernando Henrique Cardoso são voltados à análise de sua atuação como político e as memórias: O presidente e o sociólogo (1998); A Arte da Política (2006); The Accidental Presidente of Brazil(2006); Cartas a um Jovem Político (2008) e A Soma e o Resto: um Olhar Sobre a Vida aos 80 Anos.

Extraído do sítio Agência Brasil

CHINA SERÁ O SEXTO MAIOR PRODUTOR DE VINHO EM 2016

Até 2016, a China será o sexto país que mais produzirá vinhos no mundo, de acordo com uma pesquisa apresentada na Vinexpo feita em colaboração com a The International Wine and Spirits Research. Daqui a três anos, ela terá ultrapassado a Austrália e o Chile e subirá duas posições no ranking mundial.


Pelas estimativas, concluiu-se que o país é, agora, um dos que mais aumenta sua produção - num período de cinco anos, até 2016, terá crescido 54%. "O número impressionante de produtores e visitantes chineses neste ano enfatiza ainda mais o crescimento do país", comentaram alguns organizadores da feira.

De acordo com eles, a presença massiva de chineses também alterou a relação entre a Europa e a China. "Antes, eles vinham para provar vinhos e aprender. Agora, vêm para vender".

"Estou muito contente com o aumento de produção dos chineses. É como a história norte-americana se repetindo", finalizou o chefe executivo da Vinexpo, Robert Beynat.

Extraído do sítio Revista Adega

DEPRESSÃO DESAJUSTA RELÓGIO BIOLÓGICO

Um estudo do cérebro de pessoas saudáveis e de pessoas com depressão revelou que o relógio biológico de pessoas com depressão é alterado em nível celular.

Cada célula do nosso corpo possui um relógio de 24 horas, ajustado com os ciclos noite e dia e claro e escuro.

O cérebro funciona como um cronômetro, mantendo o relógio celular em sincronia com o mundo exterior, para que ele possa governar o nosso apetite, sono, humor e muito mais.

Mas a nova análise mostrou que o relógio biológico pode ser não funcionar corretamente nos cérebros de pessoas com depressão - mesmo no nível da atividade dos genes dentro de suas células cerebrais.

É a primeira evidência direta de que os ritmos circadianos são alterados no cérebro de pessoas com depressão, e mostra que eles operam fora de sincronia com o ciclo dia e noite.

Além disso, a pesquisa também revelou um ritmo diário até então desconhecido, envolvendo a atividade de vários genes em muitas áreas do cérebro - ampliando ainda mais a já conhecida importância desse nosso relógio mestre.

O relógio biológico nas células cerebrais das pessoas saudáveis (esquerda) coincidia exatamente com a hora do momento de sua morte. Contudo, nas pessoas deprimidas (direita), os dois estavam totalmente fora de sincronia. [Imagem: U. Michigan]

Relógio biológico deprimido

A descoberta foi feita usando uma grande quantidade de dados recolhidos a partir de cérebros doados para estudos, de pessoas deprimidas e não-deprimidas.

O relógio biológico nas células cerebrais das pessoas saudáveis coincidia exatamente com a hora do momento de sua morte.

Contudo, nas pessoas deprimidas, os dois estavam fora de sincronia.

Segundo os pesquisadores, esta descoberta pode levar a um diagnóstico mais preciso e a um tratamento para uma doença que afeta mais de 350 milhões de pessoas em todo o mundo.

Agora, eles querem usar essas informações para ajudar a encontrar novas maneiras de prever a depressão, melhorar o tratamento para cada paciente deprimido, e até mesmo encontrar novos medicamentos ou outros tipos de tratamento.

Uma das possibilidades, segundo eles, pode ser a identificação de biomarcadores para a depressão - moléculas indicadoras que podem ser detectadas no sangue, na pele ou no cabelo.

Extraído do sítio Diário da Saúde

27 de junho de 2013

CAPITAL EUROPEIA DA CULTURA GUIMARÃES 2012 DEU LUCRO A PORTUGAL - Sandra Henriques

O diretor executivo da Capital Europeia da Cultura, Carlos Martins, faz um balanço positivo de Guimarães 2012, tendo em conta que deu lucro a Portugal. Ao longo do ano, a Capital Europeia da Cultura levou à criação de 2100 empregos.


“O investimento português na Capital Europeia da Cultura é mais do que devolvido só em impostos, independentemente de outros impactos que teve na economia, geração de emprego, do impacto turístico, do impacto comercial”, afirma Carlos Martins, acrescentando que “só em pagamentos de contribuições e impostos gerou 28 milhões de euros que são devolvidos ao Estado português”.

O responsável considera que Guimarães 2012 deu lucro a Portugal e que foi bom para a economia portuguesa e para o Orçamento do Estado que se tenha realizado. “É importante reforçarmos esta ideia numa altura em que se questiona tanto a importância e o valor do investimento na Cultura”, frisa.

Extraído do sítio RTP

LUIS FERNANDO VERISSIMO, O MÚSICO - Kledir Ramil


Além de escritor consagrado, Luis Fernando Verissimo é um músico talentoso. Toca sax tenor na Jazz 6, que ele modestamente afirma ser uma banda formada por 5 músicos e um metido a músico.

Há alguns anos, Kleiton e eu, levamos Verissimo ao Planeta Atlântida, um dos maiores festivais de rock do Brasil. Sei lá, coisa de 40, 50 mil pessoas que ele encarou com naturalidade e, aparentemente, alegria e satisfação. Foi um momento inesquecível, vê-lo ali conosco, fazendo o solo de Deu Pra Ti.

Além de seu grupo de jazz, Luis Fernando participa também da banda dos irmãos Caruso, uma mistura escrachada de música e bom humor. A banda atende pelo nome de Conjunto Nacional, mas durante a Campanha das Diretas chamava-se Muda Brasil Tancredo Jazz Band.

É dessa época uma das performances mais extraordinárias do grupo. Estavam em Brasilia para uma apresentação e, um pouco antes de começar, Verissimo sugeriu que a entrada dos músicos fosse no escuro. Cada um ocuparia seu lugar no palco e, aí sim, aos primeiros acordes, as luzes seriam acessas. A idéia era boa e foi aprovada.

Foram entrando no meio daquela escuridão e ninguém conseguia enxergar nada. Luis Fernando saiu caminhando em direção à platéia, tropeçou na boca de cena e caiu de cima do palco. Ato contínuo, acenderam-se as luzes, Chico Caruso correu até o microfone e perguntou desesperado se havia algum médico na platéia. O público veio abaixo, entre gargalhadas e aplausos, certos de que aquilo tudo era uma grande encenação.

O saxofonista com o joelho quebrado foi parar no mesmo hospital onde há pouco tempo havia sido operado Tancredo Neves que, logo depois, morrera de infecção generalizada. O médico alertou o paciente. Verissimo entendeu o recado, deu no pé e foi fazer a cirurgia em Porto Alegre.

Já na recuperação, contou pra família o que ele considerava uma ironia do destino: no dia da apresentação todos da banda haviam bebido, menos ele. Dona Mafalda, sua mãe, com seu tradicional bom humor, comentou:

- É isso que dá! Querer ser músico sem beber. Só toma água!

Extraído do sítio Brazilian Voice 

RIO DE JANEIRO RECEBE EXPOSIÇÃO DE FOTÓGRAFO QUE CONTRADIZIA A ESTÉTICA DA ANTIGA UNIÃO SOVIÉTICA - Paulo Virgílio


Rio de Janeiro - Depois de percorrer várias cidades do país, chega ao Rio de Janeiro a exposição que revela ao público brasileiro a obra do lituano Antanas Sutkus, considerado um dos maiores fotógrafos da antiga União Soviética e um dos mais expressivos do século 20. A mostra, com entrada franca, será aberta hoje (25), às 19h, para convidados, no Centro Cultural Correios, e poderá ser visitada de amanhã (26) até o dia 14 de julho.

São cerca de 100 imagens em preto e branco que trazem a marca do trabalho de um artista que contradizia a estética do regime comunista. Em vez do coletivismo das massas, Antanas Sutkus, criador da Sociedade de Arte Fotográfica de Vilnius, a capital da Lituânia, tinha como interesse principal a vida cotidiana, a expressão particular de cada um dos indivíduos.


“Cada imagem contém uma dose de subversão com a doçura do olhar deste fotógrafo excepcional”, disse o curador Luiz Gustavo Carvalho. De acordo com o próprio artista, no texto de apresentação da mostra, “problemas existenciais eram e continuam a ser o mais importante para mim”.

No Brasil, a exposição Antanas Sutkus: Um Olhar Livre já percorreu as cidades de Fortaleza, Salvador, Tiradentes (MG), Belo Horizonte, Curitiba, Brasília e São Paulo. O Centro Cultural Correios fica na Rua Visconde de Itaboraí, 20, no centro do Rio.

Extraído do sítio Agência Brasil

VINHO DE ANGELINA JOLIE E BRAD PITT CHEGA AO BRASIL - Tatiana Sisti


Miraval custará R$150,00 
Miraval, o vinho do casal de atores Angelina Jolie e Brad Pitt chegou ao Brasil. A partir de julho ele será importado e distribuído com exclusividade pela World Wine. O vinho será vendido por R$ 150,00 e pode ser comprado através site ou do televendas.

Em março deste ano, seis mil garrafas foram vendidas em cinco horas através da internet. Além disso, o vinho também agradou os críticos. O site especializado Wine Spectator publicou a sua avaliação: em uma degustação às cegas com outros vinhos rosés da Provence, o Miraval ganhou 90 pontos em uma escala que vai até 100.

O vinho foi lançado em 2012, quando o casal firmou uma parceria com a Família Perrin - experiente na produção de vinhos de alta classe -, que é encarregada da viticultura, vinificação e distribuição.

Escondido em um vale na antiga vila de Correns - a primeira aldeia orgânica na França - a propriedade do Miraval cobre 500 hectares de terra no coração da Provence e é a residência de verão da família Pitt. Lá eles deram continuidade à filosofia de arte, dedicando a área à música, cinema, teatro, e, claro produção de vinhos finos.

Em 1970, o conhecido pianista e compositor de jazz, Jacques Loussier, comprou a Miraval, transformando o local em um estúdio de gravação - Le Studio de Miraval. Ali, famosos músicos como Pink Floyd, Sting, Sade, The Cranberries e The Gipsy Kings gravaram suas músicas.

Televenda: 11 3383-7477

Extraído do sítio Yahoo!