30 de julho de 2013

DEPRESSÃO: ESTATÍSTICAS INTERESSANTES - Sandra de Souza Batista Abud


A depressão causa:

* Risco 3 a 20 vezes maior de distúrbios de ansiedade, fobia, pânico e transtorno obsessivo-compulsivo, entre os principais. Os transtornos de ansiedade possuem mecanismos fisiológicos parecidos com os que se associam à depressão. A desregulação das monoaminas, os neurotransmissores reguladores da emoção, comportamento e humor, é a principal causa conhecida. Com vários sintomas sobrepostos, os problemas costumam vir juntos e um pode predispor o surgimento de outro. Cerca de 85% dos pacientes depressivos apresentam ansiedade concomitante. Em casos como esse, o tratamento é o mesmo para as duas condições, com base no uso de antidepressivos e psicoterapias associadas.

* Risco 15 vezes maior de insônia. A insônia e a depressão caminham juntas. Muitas das vezes, a relação entre as duas é tão estreita que fica difícil definir o que é causa e o que é consequência. Os insones têm três vezes mais riscos de desenvolver depressão do que pessoas sem alterações no padrão de sono.

* Risco 4 vezes maior de alterações cardiovasculares. Um organismo em depressão tende a aumentar a síntese de corticol, o hormônio do stress. Essa alteração se associa a uma liberação maior de adrenalina, uma espécie de acelerador do metabolismo. Em quantidades elevadas, essas duas substâncias fazem com que a pressão arterial aumente e ainda desregulem o ritmo cardíaco, fatores associados à doença cardíaca e derrames. O excesso de cortisol pode também elevar a quantidade de plaquetas circulantes no sangue, facilitando a coagulação e, consequentemente, o entupimento de um vaso sanguíneo. Nesse contexto, a depressão também está relacionada ao aumento dos níveis de colesterol ruim e à diminuição das taxas do bom, o que predispõe a afecções cardiovasculares. Depois de um infarto, a depressão duplica o risco de morte.

* Risco 0,5 vezes maior de doenças de Parkinson e de Alzheimer. A depressão compromete a vitalidade e a comunicação neural. Sem tratamento, leva à morte de neurônios, e a perda de monoaminas pode ser definitiva. A doença favorece também as alterações vasculares, o que pode afetar diretamente a cognição, em especial a memória e a concentração. Com isso, os depressivos tendem a sofrer com mais frequência de doenças neurológicas degenerativas como as doenças de Parkinson e Alzheimer.

* Risco 0,17 vezes maior de diabetes. O distúrbio psiquiátrico mais comum entre os diabéticos é a depressão. Os mecanismos biológicos envolvidos na associação entre as duas doenças não estão completamente claros. Além do fato de que os depressivos em geral não se preocupam com qualidade de seu estilo de vida, sabe-se que a depressão aumenta a resistência das células à ação do hormônio insulina, o que predispõe ao excesso de açúcar no sangue. A probabilidade de um diabético sem tratamento adequado ter depressão triplica em relação à de um não diabético.

Extraído do sítio JM Online

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