21 de julho de 2013

COM RICO ACERVO DE ARTE SACRA, MUSEUS DE SALVADOR ESTÃO ENTRE POTENCIAIS DO TURISMO RELIGIOSO


A cidade de Salvador tem no turismo religioso uma especificidade que a classifica em dois tipos: o cultural, no qual figuram igrejas históricas, com seu patrimônio artístico, e o de cunho estritamente religioso, marcado pela figura do peregrino, movido basicamente pela fé. Assim como as igrejas, que, com seus acervos seculares, ornamentos, azulejaria e pinturas, unem história, arte e fé, atraindo a atenção de muitos turistas, também museus em Salvador despertam a atenção de visitantes como seu importante acervo sacro.

Essa opção de turismo que a Bahia oferece será mostrada pela Secretaria do Turismo da Bahia (Setur) e Bahiatursa, de 19 a 26 de julho, durante ExpoCatólica – Bote Fé Brasil, no Riocentro, Rio de Janeiro, junto com a Jornada Mundial da Juventude 2013, realizada de 23 a 28 de julho, que tem público estimado em mais de um milhão de pessoas de mais de 190 países.

Em um estande de 200 metros quadrados, os visitantes encontrarão informações detalhadas sobre a Bahia como destino de turismo religioso, receptivo com baianas tipicamente trajadas e exposição de fotos. Com isso, os órgãos estaduais de turismo objetivam ampliar a receita do turismo religioso na Bahia e aumentar a participação de visitantes de outros estados no fluxo turístico do segmento católico, já que o público predominante nos eventos religiosos da Bahia é formado pelos próprios baianos.

Conheça os principais museus de Salvador que reúnem arte sacra

Com um acervo que inclui duas grandes coleções, uma de artes plásticas (pinturas e esculturas) e outra de arte decorativa (mobiliários, louças, porcelanas e pratas), o Museu de Arte da Bahia - primeiro museu fundado no Estado, em 1918 – completa 95 anos nessa quinta-feira (18 de julho).

A pintura religiosa representada no acervo do MAB tem obras que retratam cenas bíblicas e outros temas religiosos, como representação de santos e via sacra, de autoria de grandes artistas baianos, como Teófilo de Jesus e Franco Velasco.

A imaginária está representada pelas principais devoções, a exemplo das varias invocações da Virgem Maria, além de santos cuja devoção se encontravam em oratórios de residências das famílias baianas, como São Francisco e Santo Antônio, dentre outros.

Localizado no Corredor da Vitória desde 1982, o museu, conhecido antigamente como Museu do Estado, já teve duas outras sedes: a primeira no Solar Pacífico Pereira, no Campo Grande, onde hoje funciona o Teatro Castro Alves, e outra, em Nazaré, no Solar Góes Calmon, atual sede da Academia de Letras.

Já o Museu da Ordem Terceira do Carmo compreende um acervo sacro entre a igreja, sacristia, a Casa da Mesa, Casa dos Santos e antiga senzala. É na Casa dos Santos que está a imagem do Senhor Morto, que sai em procissão pelas ruas do Centro Histórico na Sexta-Feira da Paixão. Esculpida entre o final do século XVIII e início do XIX, a imagem, feita em cedro e que mede 1,80m, desperta a atenção de quem visita o local.

Inaugurado em novembro de 1981, o Museu Abelardo Rodrigues preserva uma das mais importantes coleções de arte sacra do país, reunida pelo pernambucano que dá nome ao museu. O acervo conta com peças dos séculos XVII ao XX, confeccionadas em madeira, barro cozido, marfim, pedra sabão e metal. São oratórios, miniaturas, imaginária, crucifixos, imagens de Roca, maquinetas, crucificados, mobiliário de devoção, objetos de origem brasileira, principalmente nordestina, como também de procedência europeia.

O acervo reúne exemplares da imaginária erudita e popular, esta, registrando imensa variedade de influências regionais. Dentre elas, se destacam invocações raras como a Nossa Senhora do Leite e a Nossa Senhora das Almas do Purgatório.

O corredor do primeiro andar da Igreja da Ordem Terceira do São Francisco abriga um pequeno acervo de arte sacra, com peças doadas por irmãos da ordem. São cerca de 40 imagens, em que se destacam a de Santo Antônio de Lisboa, além de paramentos litúrgicos dos séculos XVIII e XIX.

Criado em 1957 e inaugurado em 1959, o Museu de Arte Sacra, uma parceria da Arquidiocese de Salvador com a Universidade Federal da Bahia, funciona no Convento de Santa Tereza e é único e exclusivamente de arte sacra cristã da Igreja Católica. Tem um acervo com cinco mil peças, entre imagens e objetos litúrgicos, em materiais diversos, como prata, ouro, madeira, terracota e marfim, dentre outros.

Entre as imagens, destacam-se a de Nossa Senhora das Maravilhas, em madeira revestida de prata, do século XVI; Nossa Senhora de Guadalupe, também em madeira revestida de prata do mesmo século; Nossa Senhora de Monteserrate, em terracota, de autoria de Frei Agostinho da Piedade, do século XVII; Busto relicário de Santa Luzia, também de Frei Agostinho da Piedade, do século XVII, revestida em prata; Nossa Senhora das Dores, em madeira policromada, do século XVIII; e uma coleção de imagens de marfim, dos séculos XVII e XVIII, além de objetos sacros, em ouro e prata, da liturgia católica, dos séculos XVII, XVIII e XIX.

Serviço:

Museu de Arte da Bahia: Corredor da Vitória. Tel: 3117-6902. Horário de funcionamento: Terça a sexta-feira, das 13h às 19h; sábado, domingo e feriado, das 14h às 19h.

Museu da Ordem Terceira do Carmo: Ladeira do Carmo, s/n. Tel: 3242-0182. Horário de funcionamento: segunda a sexta-feira, das 9h às 17h,e sábado, das 9h às 15h.

Museu Abelardo Rodrigues: Rua Gregório de Mattos, 45, Pelourinho. Tel: 3117-6440. Horário de funcionamento: Terça a sexta, das 12h às 18h, fins de semana e feriados, das 12h às 17h

Ordem Terceira de São Francisco: Rua da Ordem Terceira, Centro Histórico. Horário de funcionamento: Segunda-feira a domingo: 9h às 17h

Museu de Arte Sacra: Rua do Sodré, 276. Horário de funcionamento: segunda a sexta-feira, das 11h30 às 17h30.

Extraído do sítio Bahia

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