19 de dezembro de 2012

QIN SHIHUANG, O PRIMEIRO IMPERADOR SUPREMO DA CHINA - David Wu

Qin Shihuang, o primeiro imperador supremo da China (Yeuan Fang/The Epoch Times)

Qin Shihuang (259-210 a.C.) assumiu o trono do Estado de Qin com 13 anos e se tornou o primeiro imperador da China unificada com a idade de 39, depois que Qin conquistou os outros Estados do Período dos Reinos Combatentes (770-222 a.C.). A criação da Dinastia Qin terminou formalmente os novecentos anos da Dinastia Zhou.

Como o primeiro rei que criou um sistema unificado e centralizado na China, ele se intitulou o “Primeiro Imperador Soberano da eterna Dinastia Qin”. Esta foi a primeira vez na história chinesa que um rei se proclamou “imperador”.

Qin Shihuang ordenou uma série de reformas para fortalecer seu reinado sobre o vasto território. Ele aboliu todos os privilégios feudais e criou uma unidade administrativa centralizada para dominar qualquer resquício de linhagem local. Além disso, ele ordenou a mudança das famílias aristocráticas para a capital sempre que achou necessário.

Ele também padronizou os pesos e medidas, criou um sistema de moeda universal, uniformizou o comprimento dos eixos das carroças e a largura da estrada. Mais importante, ele padronizado o sistema de escrita chinesa e a unificação da língua ajudou a manter a cultura chinesa intacta ao longo de guerras e perturbações políticas.

Enquanto isso, ele lançou vários grandes projetos de construção, tais como a criação de uma extensa rede de transportes de mais de 4 mil quilômetros de estradas e vias fluviais ou canais, a construção de um palácio extremamente extravagante e, posteriormente, um túmulo monumental guardado por um exército de terracota de mais de 7.500 estátuas em tamanho real. Ele também lançou o grande projeto de conectar a Grande Muralha para defender o império da invasão de nômades do norte. A Grande Muralha é considerada uma das construções militares mais magníficas da história humana.

Mais tarde em seu reinado, ele enviou navios em busca do elixir da imortalidade para si. Qin se tornou o maior reino do mundo na época e a palavra “China” seria derivada de “Qin”, cuja pronuncia é “chin”. Estas realizações de Qin Shihuang ganharam elogios e comentários positivos de diversos historiadores chineses.

No entanto, Qin Shihuang também foi um notório tirano que aplicou leis severas e fez o povo ter uma vida dura e miserável, daí seu título “Qin Shihuang” ter se tornado sinônimo de atrocidade. Ele impôs pesados impostos e trabalho obrigatório sobre a população. Na época da Dinastia Qin, havia cerca de 10 milhões de pessoas no país e dois milhões foram convocados para trabalharem em seus projetos de construção. Ele também fez as punições legais severas de condenados se estenderem para seus parentes e vizinhos, a chamada responsabilidade de grupo. Além disso, seu regime tentou controlar o pensamento das pessoas e suprimiu a liberdade de pensamento. Ele ordenou que livros clássicos preciosos fossem queimados e milhares de eruditos foram mortos quando ele descobriu que suas políticas eram questionadas ou criticadas.

A outrora poderosa Dinastia Qin existiu por apenas 15 anos (221-207 a.C.) antes de seu colapso, vítima de numerosas revoltas populares. Seus métodos cruéis de governo e os pesados impostos foram amplamente considerados pelos historiadores chineses como as razões principais para a queda do império.

Extraído do sítio The Epoch Times

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