27 de dezembro de 2012

ARTE DAS NAÇÕES: A MAIOR EXPOSIÇÃO DOS ÚLTIMOS DEZ ANOS - Tatiana Zavialova

© Casa Central do Artista

Em um dos maiores complexos de exposições de Moscou, a Casa Central do Artista, está patente uma mostra verdadeiramente grandiosa, intitulada Arte das Nações, dedicada aos 20 anos da Conferência Internacional de Uniões de Artistas Plásticos. Até 12 de janeiro, pintores, escultores e outros autores dos países da CEI mostram as suas melhores obras.

Nesta exposição, um visitante pode percorrer as salas durante horas seguidas, apreciar as centenas de pinturas e esculturas criadas nos últimos dez anos. Os organizadores não conceberam a exposição pelo princípio geográfico, de acordo com os países dos vários autores, pelo contrário, tentaram fazer uma mostra eclética com obras de temas históricos, alegorias, naturezas-mortas, paisagens…

A Confederação de Uniões de Artistas Plásticos apoia uma atitude clássica em relação à arte. Mas isso não significa conservadorismo, afirma o presidente da União de Artistas Plásticos da Rússia, Andrei Kovalchuk. Ele considera que a pintura e a escultura tradicionais “não estão paradas, desenvolvem-se constantemente”.

“A orientação tradicional tem sido desenvolvida precisamente nos países da CEI. Podemos discutir qual é o tipo de arte que mais nos agrada, isso é hoje em dia muito falado em diversas conferências, na imprensa. Esta arte é bastante competitiva no mercado mundial de obras de arte.

A confederação internacional é composta por 15 associações. Trata-se de associações de artistas plásticos de países da CEI e de três grandes uniões de artistas de Moscou, São Petersburgo e Kiev. O principal objetivo da confederação é manter um espaço cultural comum entre os países da antiga União Soviética. As exposições, como a que agora decorre em Moscou, nem sequer são o aspeto mais importante. O mais importante são os encontros regulares de artistas nas galerias, feiras e master-classes, bem como durante as chamadas expedições artísticas. O coordenador da Confederação de Artistas Plásticos, Massut Fatkulin, fala sobre este aspeto:

“Todos estes contatos e relações entre criadores são benéficos quer para a arte, quer para os próprios artistas. Nós não sentimos que vivemos isolados uns dos outros porque nos encontramos frequentemente em projetos artísticos e estamos ao corrente da atividade de cada uma das uniões. A exposição Arte das Nações é um bom exemplo do que acabei de dizer, ou seja, que estamos juntos”.

Naturalmente, na vida de qualquer organização há sempre problemas. O presidente Farkhad Khalilov que, ao mesmo tempo, dirige a União de Artistas Plásticos do Azerbaijão, considera, por exemplo que um problema é haver poucos artistas a trabalhar no estilo de arte contemporânea.

“Na arte moderna existem mestres fantásticos. Eu não diria que temos clãs que não deixam entrar outros artistas, isso não é verdade. Eu sempre quis que todos os artistas plásticos estivessem verdadeiramente juntos”.

Extraído do sítio Voz da Rússia

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