11 de junho de 2012

ALEXANDER PUSHKIN: UM SOL QUE BRILHA PARA TODOS

Foto: RIA Novosti 
A 6 de junho, a Rússia comemora o Dia de Pushkin, - um feriado nacional dedicado ao nascimento do maior poeta nacional - Alexander Pushkin. Para além da Rússia, o gênio das letras russas é homenageado em dezenas de países do mundo.

A tradição começou a formar-se ainda no século XIX. A 6 de junho, dia do aniversário de nascimento do poeta, as pessoas reúnem-se junto do monumento a Pushkin em Moscou, trazem flores, recitam as suas poesias... Sente-se que os amantes da poesia presentes junto ao monumento de bronze ao poeta estão unidos por um espírito comum. Na época em que esta tradição nasceu, o monumento a Pushkin em Moscou era único na Rússia. Agora, no dia em que se comemoram 213 anos do seu nascimento, na Rússia existem mais de duzentos monumentos dedicados ao poeta, não somente na Rússia mas, pode-se afirmar sem nenhum exagero, no mundo inteiro.

Os habitantes da capital belga também se concentram hoje ao pé da estátua de Pushkin a fim de recitar ou ouvir as suas poesias – em Bruxelas será promovido um sarau literário. Em Sofia, capital da Bulgária, será realizado, além disso, um baile de especialistas em língua russa. Nova Deli, capital da Índia, dedica a Pushkin a festa“Toda a vida é um belo instante”. Ramos de flores serão depositados junto dos monumentos a Pushkin em Madrid, na vila Borguese, em Roma, na cidade chinesa de Xangai, em Limassol, na ilha de Chipre, na cidade húngara de Dendesh e no “Jardim dos poetas” em Paris. E no quadro do tradicional festival “Pushkin na Grã Bretanha” será realizado um torneio poético: os trovadoresmodernos terão que continuar o famoso romance em versos “Evgueni Oneguin” – “Ao amor todas as idades obedecem”

“O que admira especialmente em Pushkin é a sua surpreendente harmonia”, - afirmou o escritor Vladislav Otrochenko em entrevista à Voz da Rússia.

“Nele existiam simultaneamente e sempre estavam em estado de equilíbrio duas paixões – a paixão do homem que vivia e a paixão do homem que escrevia. Um talento tão gigantesco pressupõe a renúncia à paixão da vida, mas Pushkin não se recolheu na “cela do mosteiro literário”, pois a vida sempre o arrastou nos seus turbilhões! Era este dom de vida que ele punha em prática, realizando, ao mesmo tempo, o seu dom literário. Pushkin foi o primeiro na Rússia a ganhar dinheiro com a literatura, eu diria que ele atribuia a esta atividade o profissionalismo europeu. Para ele, a literatura era a mais importante das ocupações mas ela não invalidava a própria vida: a família, os filhos, a mulher, os amigos – tudo isso tinha para ele uma grande importância. Era um poeta único, a quem Deus deu harmonia interna.”

Os especialistas dos Centros de Cultura Russos e das Embaixadas da Federação Russa ajudam os leitores estrangeiros a saber mais sobre a vida e a obra de Pushkin. Eles irão participar das solenidades dedicadas a Pushkin nas capitais do Paquistão, do Zimbábue e do Congo. Em Hanói, capital do Vietnã, a recitação de poesias será completada de um filme, baseado em obras de Pushkin em prosa, enquanto a televisão mongol irá transmitir um filme dedicado ao poeta russo. Na feira internacional do livro em Nova York, onde a Rússia é convidada de honra, o dia de hoje é dedicado ao poeta russo. A poesia e a prosa de Pushkin serão recitadas aí na sua língua materna e na sua versão inglesa.

Apesar de todas as dificuldades, Alexander Pushkin continuará sendo traduzido . O pushkinista americano Julian Lowenfeld explica da seguinte maneira a causa desta insistência, tão agradável para os russos: “Não foi por acaso que Pushkin foi chamado o sol da poesia russa - tamanhas são a energia e a fé, a clareza, a bondade e a transparência dele e da sua obra”.


Extraído do sítio Voz da Rússia

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