28 de junho de 2012

ACORDO ORTOGRÁFICO: SABER DÁ TRABALHO - Antonio Fernando Nabais


A discussão sobre o acordo ortográfico (AO90), muitas vezes, desvia-se para terrenos do gosto, da resistência ou da adesão à novidade, quando não inclui acusações infundadas de xenofobia ou declarações cegas de amor à lusofonia. Na verdade, estamos diante de um problema demasiado sério para que nos fiquemos por paixões ou por vácuas declarações de circunstância. Perceber os erros do AO90 dá trabalho.

Já tive ocasião de remeter os leitores para um texto lúcido de Maria José Abranches. Vale a pena darmo-nos ao trabalho de ler estoutro da mesma autora. Dá trabalho, com certeza, como acontece com tudo o que é importante.

Fica, aqui, uma citação, para abrir o apetite: “Todos os aspectos nefastos, propriamente científicos e culturais, deste AOLP foram já abundante e rigorosamente tratados por quem de direito. Parece, contudo, que os decisores políticos, por qualquer razão obscura, se mantêm imunes a todos esses argumentos, a pretexto de não poderem ter “opinião”… Revelam assim uma tremenda insensibilidade face ao valor patrimonial e identitário da nossa língua nacional, que é também, convém lembrar, património europeu, ao mesmo título que qualquer uma das outras 22 línguas nacionais da União Europeia.”

Extraído do sítio Aventar

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