12 de dezembro de 2011

BIBLIOTECA NACIONAL DA ESPANHA

A Biblioteca Nacional da Espanha, situada no número 20 do Paseo de Recoletos, em Madrid, foi fundada pelo rei Dom Filipe V em 1712 como Biblioteca Pública do Palácio. No ano de 1716, é publicado o decreto de fundação da Biblioteca Real, sendo concedido por um privilégio real, precedendo o atual depósito legal, os editores deveriam depositar um exemplar dos livros impressos na Espanha. 

Em 1836 a biblioteca deixou de ser propriedade da Coroa e passou a depender do Ministério do Governo e recebeu pela primeira vez o nome de Biblioteca Nacional. Durante o século XIX, ingressaram por apreensão, compra ou doação a maioria dos livros antigos e valiosos que a Biblioteca possui. 

O Palacio de Biblioteca e Museos, obra do arquitecto Francisco Jareño, começou a ser
construído em 1866. O edifício foi aberto ao público  em 16 de marzo de 1896.
Durante a Guerra Civil Espanhola, centenas de milhares de livros (algo em torno de 500.000) foram confiscados pelo Comitê de Confisco, em espanhol, Junta de Incautación. Esses livros foram tirados de seus antigos lares (casas, palácios, igrejas) e levados à Biblioteca para sua própria proteção, assim como obras de arte e objetos de valor cultural.

Exterior do Salão Geral
Dada a diversidade de materiais que compõem o acervo da Biblioteca, assim como as suas dimensões, estimadas em mais de 20 milhões de obras, foi impossível sua disposição em estandes com acesso público, por isso que são conservados em diferentes depósitos fechados e consultados em diferentes salas, dependendo  da tipoloxia das obras: monografias desde o século XIX (Salão Geral), fundo antigo (Sala Cervantes), revistas e jornais (Sala de Prensa e Revistas), gravações, fotografias, mapas e desenhos (Sala Goya), partituras, registros sonoros e audiovisuais (Sala Barbieri).

Interior do Salão Geral
Para a sua consulta, o usuário deverá localizar a obra que deseja no catálogo e preencher o formulário de petição disponível em cada sala, que entregará após ao pessoal. Um dos dados imprescindíveis que se deve preencher é a 'sinatura', que indica a localização da obra na Biblioteca. 

Com uma ampla exposição dobre diferentes temas, a Biblioteca Nacional de España (BNE) inicia a comemoração de seus 300 anos de história, onde os visitantes ao recinto mais antigo do país poderão contemplar grande parte dos bens que enriquecem a instituição ao longo dos anos.

Com o título 'Biblioteca Nacional de España: 300 años haciendo historia', a exposição divide-se em três partes: Historia, Trabalhos e Desafios e Rumos da Tecnologia. Em cada uma, o visitante se encontrará com obras raras, como Os Códigos Madrid I e II, de Leonardo da Vinci; a Bíblia Política Real, o Beato de Liébana, o Breviário de Isabel, a Católica, as Cantigas de Santa Maria e o manuscrito de 'Las Siete Partidas, de Afonso X, o Sábio.

Além de gravuras de Rembrandt, Velázquez, Durero, Piranesi e Goya; incunábulos (livros impressos antes de 1500), manuscritos de Lope de Vega, Galdós, Gómez de la Serna, Dalí, Lorca, Borges e uns sonetos autógrafos de Miguel Hernández escritos no cárcere, fazem parte dos mais de 240 tesouros que serão mostrados nesta exposição.

Organizada pela própria Biblioteca Nacional e pela Ação Cultural espanhola (ACE), a exposição em Madri contitui o início de um amplo programa de atividades do tricentenário.

A biblioteca alberga quase 30 milhões de documentos, muitos deles de importância excepcional

Alcalá de Henares (Madri)
A Biblioteca tem outra sede desde 1993, a Alcalá de Henares. O edifício, projetado pelo arquiteto Francisco Fernández Longoria, consta de 6 torres que contém mais de 250 km de estandes. Sua construção iniciou-se em 1988 em terrenos cedidos pela Universidade, e vem sendo ampliada ao longo dos anos.

Fontes de pesquisa: sítios da Wikipedia, da Biblioteca Nacional de España, e Telesur.

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